Você
já ouviu falar no conceito de “Último Ancestral Universal Comum”? Nada
mais é do que um primeiro ser vivo na Terra, a partir do qual todos os
demais se originaram. Ao longo dos anos, o imaginário das pessoas é que
tal ser seria o organismo mais primitivo o possível, contendo o mínimo
necessário para que se pudesse chamar de ser vivo. Uma pesquisa da
Universidade de Illinois (EUA), contudo, indica que não se tratava de um
ser tão simplório.
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Embora o primeiro organismo não fosse multicelular
sua composição era semelhante à de uma célula complexa.
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Mesmo
entre os cientistas, sempre se imaginou que este primeiro ser seria
algo como um amontoado de compostos químicos, uma espécie de “sopa de
moléculas”, algo muito distante de uma estrutura celular desenvolvida. A
universidade americana agora refuta essa ideia.
O
surgimento deste ser primitivo está estimado, segundo as teorias mais
recentes, em 3,8 bilhões de anos. Embora o primeiro organismo não fosse
multicelular (porque isso exigiria uma estrutura eucariótica, algo que
está milhões de anos à frente na escala evolutiva), sua composição era
semelhante à de uma célula complexa.
A
aparência desse corpo primitivo sempre foi um mistério, e os
pesquisadores têm a teoria de que era parecido com as arqueias, um grupo
de microorganismos semelhante às bactérias atuais.
A
maior evidência de que se tratava de um organismo complexo, segundo os
pesquisadores, está na produção de energia. Os cientistas determinaram
uma “árvore genealógica” da vida na Terra, e concluíram que a origem da
energia “celular” está no armazenamento de polifosfato.
E
esse é justamente o ponto: o mecanismo que o primeiro organismo usava,
para armazenar o polifosfato acumulado, caracteriza a primeira organela
da vida na Terra. Seria o início da história da célula.
Os
cientistas defendem que essa estrutura mínima já apareceu desde muito
cedo nos organismos, condição sem a qual não haveria como seguir o ritmo
da evolução celular. Outra pesquisa, da Universidade de Montreal
(Canadá) vai ainda mais longe: aparentemente, os primórdios da estrutura
celular foram feitos de RNA, e o DNA só surgiria posteriormente.
Enquanto
os pesquisadores de Illinois basearam seus estudos no armazenamento de
energia, a equipe de Montreal focou sua pesquisa em outro ponto
primordial: a resistência à temperatura. Nas últimas décadas, cientistas
vinham teorizando que o primeiro ser vivo esteve na Terra em um período
de altíssima temperatura do globo, ou seja, era adaptado ao calor.
Essa
ideia é negada pelos cientistas canadenses, que defendem a ideia de um
ser primitivo preparado para temperaturas de até 10 graus Celsius. Uma
estrutura complexa de moléculas, segundo eles, não seria possível em um
ambiente tão quente. A partir de um clima mais ameno, portanto, estaria
pronto o gatilho para a evolução da estrutura celular.
Fonte: MSN

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