União da Ilha do Governador passeia pelo universo de Dom Quixote


0,,36315081,00 [Notícias] União da Ilha do Governador passeia pelo universo de Dom Quixote

Escola que abriu os desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro neste domingo (14), a União da Ilha “materializou” os sonhos de Dom Quixote de La Mancha, um dos mais famosos personagens da literatura mundial, na Marquês de Sapucaí. O desfile durou 1h18.

O enredo, “Dom Quixote de La Mancha, o cavaleiro dos sonhos impossíveis”, foi bem contado na avenida, com alegorias caprichadas da carnavalesca Rosa Magalhães, “veterana” com três décadas de experiência no carnaval carioca e premiada por seus trabalhos.

A União da Ilha voltou este ano à elite do carnaval, após oito anos no Grupo de Acesso. Ao falar dos sonhos impossíveis, a escola fez uma referência também a que abriu os desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro neste domingo (14), a União da Ilha “materializou” os sonhos de Dom Quixote de La Mancha, um dos mais famosos personagens da literatura mundial, na Marquês de Sapucaí. O desfile durou 1h18.

Na busca pelo título, a escola inovou na comissão de frente. Bem coreografados, foliões e bailarinos vestidos de toureiros jogaram rosas para o público e mostraram sincronia ao movimentar os mantos coloridos, simulando uma tourada.

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Em seguida, a ala dos leques, objetos utilizados principalmente no flamenco, preparou a chegada do abre-alas. A coreografia de grandes leques brancos fez um espetáculo bonito para a entrada da escola. Logo atrás, o abre-alas mostrou um Dom Quixote gigante, rodeado de livros que funcionavam como plataformas giratórias sobre as quais os destaques dançavam.

Dulcinéia del Toboso, a mulher do coração do cavaleiro, foi lembrada em alas seguintes. No carro seguinte, um Sancho Pança, o fiel escudeiro de Dom Quixote, pulava em uma cama elástica.

No quarto carro, outra representação dos delírios: os famosos moinhos de vento contra os quais Dom Quixote lutou. Neles, integrantes da escola rodopiavam fazendo acrobacias. A entrada deste carro gerou um imprevisto para a União da Ilha. Um destaque teve dificuldades para subir na alegoria. Com o tempo passando, um “buraco” começou a aparecer na avenida.

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O quinto carro mostrou um teatro de marionetes, em referência a outro trecho da história de Miguel de Cervantes. Os dois últimos carros mostraram o cavaleiro dos espelhos e desenhos de Cândido Portinari sobre o livro Dom Quixote de La Mancha.

A União apresentou sete carros alegóricos, 35 alas e cerca de 3.500 componentes. Bruna Bruno desfilou como rainha de bateria da União da Ilha do Governador. A morena, que pisou na Sapucaí pela primeira vez desfilando pelo Grupo Especial, representou uma integrante da corte espanhola bem ao estilo carnavalesco, mas de forma bastante comportada, com uma fantasia que representa uma espanhola de ’sainha’.

A madrinha de bateria da União foi a atriz Luciana Picorelli. Eriberto Leão e Letícia Spiller representaram Dom Quixote e Dulcinéia, personagens centrais do enredo da escola.

Obra

A obra de Miguel de Cervantes foi publicada em dois volumes, em 1605 e 1615, e é uma paródia sobre os romances de cavalaria espanhóis muito disseminados à época. No livro, um pobre fidalgo perde a razão nas leituras desses romances e decide encarar o mundo imitando seus heróis de cavalaria.

Dom Quixote, nome que elege para si, nomeia seu velho cavalo de Rocinante e elege como sua bela donzela Dulcinea del Toboso – uma simples camponesa, a quem via como dama nobre. Sancho Pança é seu aliado nas diversas aventuras que começa a enxergar pelo mundo.

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